“Se não for pra ser bom, gostoso, romântico, carinhoso, divertido, presente, construtivo. Enfim, se não for pra ser amor, nem me dê bom dia.”
_____Tati Bernard
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" Minha Força esta na solidão.Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas,pois eu também sou o escuro da noite".Clarice Lispector escreveu isso.
Lendo essas palavras, o mais impressionante,porém, não é a ideia de que minha forca possa estar a solidão,e sim eu que tenha me acostumado a procurar minha forca em toda parte,exceto na solidão.
Saia de casa.Vá a festa.Ao bar.Ver gente,dizem.Não sendo possível, existem entorpecentes ao alcance da mão: a televisão solidaria,o correio eletrônico em que smiley faces de óculos escuros pesam o mesmo que um paragrafo inteiro,140 toques para contar como chove ou como vai a dor de cabeça.Um novo toque no novo celular com uma nova mensagem de texto.Amizades light nos sites de relacionamento.
E a solidão ,aquele monstro ,fica ali no canto de olhos meio vidrados,se esquecendo de rosnar,a baba imobilizada no canto da boca.
Mas e se minha forca estiver na solidão e eu estiver ,por pura tolice confundindo heróis e vilões?
Afinal, eu também sou o escuro da noite.Eu também sou oque sobra em casa depois que todo mundo saiu e o que sobra na cidade depois que todo mundo foi dormir.
Eu também sou isso , o silencio que existe de dentro para fora , como algo que se alastra,que transforma ate o ruido externo numa coisa sem sentido.Eu também sou eu apenas,eu só.E mais nada nem ninguém,mesmo na esquina mais movimentada da maior cidade do mundo.Também sou o ultimo passageiro do ônibus e a voz que ninguém ouviu.
É preciso grande humildade para coabitar comigo,para não ter medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventania soltas , e não camuflá-las com auto ajuda.Mas só tenho como ser o claro do dia sendo,também , o escuro da noite.Do contrario a minha vida é rasa e os meus sentimentos,pequenas perolas falsas.Dito de outro modo : só tenho como acompanhar e me fazer acompanhar se descriminalizar em mim a solidão.
Adriana Lisboa
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Se eu errar que seja por muito:
- Por amar demais;
- Por me entregar demais;
- Por ter tentado ser feliz demais!