segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

BEM MAIS...

É certo que não sei traduzir lembranças, encurtar distâncias e seguir com novos passos. Mas sei rir, morar dentro de um abraço e tocar de leve o seu rosto até sentir o bater das asas de todas as borboletas que voam no seu estômago.
E por isso sim, já sou e lhe espero mais feliz.
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Há dias que ando resumida, que as vírgulas perderam a pausa certa e o teu ponto não me finaliza. Há dias que eu me reticencio nesse teu silêncio que me deixa tão desnuda. Minha alegria fica um pouco menos feliz e nesses dias, qualquer coisa sua me basta (um vulto ou um olhar que salve). E acho tão bonito esse meu jeito de querer tanto, quieta e pequena. Nessas vidas e vindas (eu sei), nada importa se ainda tenho um amor reinventado, se ainda posso fazer a tua esquina cruzar com a minha. Não importa. Mas é que hoje, me peguei querendo um pouco mais, com aqueles olhos de última vez e com um aperto no peito. E eu não quero desatar o nó agora,
só porque ainda tem tanto riso solto no mundo e tanto choro preso dentro de mim querendo ficar junto.
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Eu gosto de pessoas inteligentes que enxergam o mundo com humor.

Tem muitas pessoas em quem eu bato o olho e penso: deve ser legal ser amiga dele. É gente que não carrega o mundo nas costas, que fala olhando nos olhos, que não se leva tão a sério, que é franca na hora do sim e na hora do não. É difícil sacar as qualidades de uma pessoa sem antes conhecê-la, mas intuição existe pra isso.
Tenho vários amigos que enriquecem minha vida e se encaixam no meu conceito de “pessoas especiais”, mas meu coração é espaçoso e está em condições de receber novos inquilinos.


*** Martha Medeiros ***


O laço e o abraço...



Meu Deus! Como é engraçado!
Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço... uma fita dando voltas.
Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o
laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de
braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido,
em qualquer coisa onde o faço.
E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando...
devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço.
Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido.
E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço.
Ah! Então, é assim o amor, a amizade.
Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita.
Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora,
deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço
afetivo, laço de amizade.
E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços.
E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum
pedaço.
Então o amor e a amizade são isso...
Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam.
Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!

______ Mário Quintana _____