sábado, 9 de outubro de 2010

Felizes os que dão risada das suas tolices...

Normais levantam, reclamam, vestem, irritam-se, xingam
e cumprimentam sempre da mesma forma.
Dão as mesmas respostas para os mesmos problemas.
Tem o mesmo humor no serviço e em casa.
Petrificam sorrisos no rosto, dão presentes sempre nas mesmas datas.
Enfim, tem uma vida estafante e previsível. Fonte para vazios e enfados.
Normais não surpreendem, não encantam.
Deus, livra-me dos normais.
Augusto Cury
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''Estar bem e feliz é uma questão de escolha
e não de sorte ou mero acaso.
É estar perto das pessoas que amamos,
que nos fazem bem e que nos querem bem.
É saber evitar tudo aquilo que nos incomoda ou faz mal,
não hesitando em usar o bom senso,
a maturidade obtida com experiências passadas
ou mesmo nossa sensibilidade para isso.
É distanciar-se de falsidade, inveja e mentiras.
Evitar sentimentos corrosivos como o rancor,
a raiva e as mágoas, que nos tiram noites de sono
e em nada afetam as pessoas responsáveis por causá-los.
É valorizar as palavras verdadeiras
e os sentimentos sinceros que a nós são destinados.
E saber ignorar, de forma mais fina e elegante possível,
aqueles que dizem as coisas da boca para fora
ou cujas palavras e caráter
nunca valeram um milésimo do tempo que você perdeu ao escutá-las.''
Texto maravilhoso...de Friedrich Nietzsche.
Adoroooo
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“Que Gita ecoe no coração dos homens e os faça levantar novamente a cabeça.”




'Eu sou a luz das estrelas
Eu sou a cor do luar
Eu sou as coisas da vida
Eu sou o mêdo de amar...
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
O blefe do jogador
Eu sou, eu fui, eu vou..
. . .
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição...
Eu sou a vela que acende
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada...
. . .
Das telhas eu sou o telhado
A pesca do pescador
A letra "A" tem meu nome
Dos sonhos eu sou o amor...
Eu sou a dona de casa
Nos pegue pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Sou raso, largo, profundo...
...
Eu sou a mosca da sopa
E o dente do tubarão
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão...
Euuuuuu!
Mas eu sou o amargo da língua
A mãe, o pai e o avô
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
O início, o fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio
Euuuuu sou o início
O fim e o meio...'
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''Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...
Sinto saudades do presente,
que não aproveitei de todo,
lembrando do passado
e apostando no futuro...
. . .
Sinto saudades de coisas que tive
e de outras que não tive
mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas
que nem sei se existiram.
Sinto saudades de coisas sérias,
de coisas hilariantes,
de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!
Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi
e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...
Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo,
em italiano, em inglês...
mas que minha saudade,
por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.
. . .
Eu acredito que um simples
"I miss you"
ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.
Talvez não exprima corretamente
a imensa falta
que sentimos de coisas
ou pessoas queridas.
E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra
para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito,
meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor
do que um sinal vital
quando se quer falar de vida
e de sentimentos.
Ela é a prova inequívoca
de que somos sensíveis!
De que amamos muito
o que tivemos
e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...''

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Por que precisamos nos conhecer?

Você se conhece bem? Sabe seus limites, o que lhe deixa plenamente satisfeito e que lhe deixa profundamente triste? Conhecer a si mesmo é preciso, para poder se aceitar, antes de tudo, e para aprender a se dar valor do jeito que é, para se amar e para mudar aquilo que não lhe agrada também. Nada disso é possível se você não souber quem você é. A falta de "entendimento" consigo mesmo pode atrapalhar todos os setores de sua vida, porque você pode começar a correr atrás dos sonhos alheios achando que são os seus, você pode se privar de certos prazeres que, aos olhos dos outros parecem inadequados ou irrelevantes, você pode começar a fingir que está tudo bem e sob controle, só para não "dar o braço a torcer" de que pegou uma direção errada lá atrás...são tantas e tantas maneiras que existem de se prejudicar pelo simples fato de não sabermos o que nos torna pessoas inteiras...E uma pessoa inteira não é aquela toda óbvia, sem arestas, exata... não, a pessoa inteira é aquele que conhece todos os seus ângulos e desvios, que sabe percorrê-los, seja acompanhada ou sozinha, que reconhece suas fases e as aproveita inteiramente. Digo isso porque, não é possível passar pela vida sendo um só, sem mudar, sem escolher, sem abrir mão. Há tempo para tudo nesta vida, se um um dia você já esteve ávido por novas aventuras, olhou pela janela e disse : "quero desbravar o mundo, correr além da linha do horizonte", haverá sempre um tempo de calmaria, em que vai olhar para dentro de si e dizer: "que imensidão existe aqui mesmo para ser explorada" e então vai querer fechar as cortinas.
Muito me intriga, gente que é sempre igual, e me entedia também, gente que está sempre sorrindo, soltando fogos, querendo beijar e abraçar a todos, que é sempre efusivo, que está sempre aberta a novas amizades, que nunca tem nada a reclamar, assim como me intriga e entedia o oposto, gente que sempre está reclamando de tudo, que está sempre arisca e avessa ao novo, sempre contemplativa e sozinha, porque por mais que em nós, preomine ou a instrospecção ou a extroversão, não somos robôs, não reagimos da mesma forma a eventos diferentes. Às vezes, a gente sente vontade de ser diferente, de mudar a forma como agimos e ficamos receosos, como se uma vez fugindo do usual, não conseguíssemos fazer o caminho de volta e isso não é verdade, sempre podemos experimentar e devemos experimentar, quando nos der vontade e não haja nenhum impedimento. O máximo que pode acontecer é descobrirmos que gostávamos mais do jeito que já estávamos habituados e não há nada de terrível nisso, ao contrário, é maravilhoso, isso é ser livre, isso é conhecer a si mesmo, é poder dizer com segurança: "já andei por este caminho, mas agora prefiro o outro" ou então: "cheguei até aqui, mas não quero ficar, quero fazer a jornada de volta, que bom que agora já sei o caminho".
Por que ficar pegando receitas de felicidade com os outros se somos tão diversos, se temos autonomia para testar as nossas próprias receitas? Não vejo motivo, a não ser as barreiras da nossa própria mente. E sabe o que é melhor? Você não precisa de autorização de ninguém, você não precisa nem que ninguém saiba, que mania é essa de querer contar tudo para todo mundo, de ser aceito por cada um que te conhece? Realize seus sonhos, suas fantasias...e compartilhe-os apenas se sentir prazer nisso, ou se isso o fizer aproveitar as coisas de uma melhor forma, com mais leveza, caso contrário, arranque a página, apague o texto, tem histórias que nunca serão publicadas, nem por isso deixam de ser reais para quem as escreveu!

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Um texto sobre quem você realmente é.


Há algum tempo atrás, por causa de um texto da Martha Medeiros, algumas blogueiras se "lançaram um desafio", o de, assim como a Martha, escrever um texto que dissesse quem era cada uma de nós. Essa brincadeira mexeu tanto comigo, que não consegui terminar o meu texto a tempo para a "postagem coletiva", mas não desisti e empenhadíssima, continuei tentando terminar o que também foi um exercício de autoconhecimento. Quando consegui por fim, escrever, coloquei o texto  , de tão fiel que o mesmo ficou na definição da minha pessoa, mas nunca postei aqui no blog. Então, chegou a hora de compartilhar esse texto com vocês e lançar o desafio: Quem é você? Escreva um texto sobre quem você realmente é.


Quem Sou

Das estações, sou o outono, que não tem medo de renovar-se, mesmo que seja necessário perder algumas folhas. Dos ventos, sou ventania, tempestade... não faço barulho à toa, só se for para deixar meu rastro. Das horas, sou a madrugada, que prefere guardar seus mistérios para os que não se assustam com o silêncio da noite escura. Não comercializo simpatia, entrego-a gratuitamente a quem se faz merecedor. Só visto a camisa de causas em que acredito, não vendo a alma. Sou de paz, mas não fujo de batalhas dignas, estas, luto sempre e luto bem! Só discuto se me importa, se respeito. O que desprezo, prefiro ignorar. A minha personalidade tem tempero forte, para os que estão acostumados a gente insossa, sou difícil de engolir. Sou felina: discreta, desconfiada, rápida e certeira. Da música, sou o jazz, que faz a revolução de forma elegante. Sou nostalgia na mesma mente que enxerga anos luz adiante.Das cores, sou a intensidade do púrpura e a atmosfera onírica do lilás.Sou espírito, mente, ar, profundidade, vastidão....Exigente, não compro qualquer campanha, questiono. Se não me satisfaço, invento o que falta, se não posso criar, não fico. Meus valores são firmes, não vão a leilão, não são para agradar, não seguem modismos.Não aceito rótulos,surpreendo sempre quem tenta me desvendar. Quando crêem que não posso,faço o dobro, quando pensam que me importo, já mudei de rumo. Só disputo se considerar uma causa nobre, justa, caso contrário, tenho piedade dos que se deixam queimar com fogo tão brando, que só é capaz de aquecer as minhas certezas, nunca de queimar minhas convicções. Sou livre: de vícios, de elogios, de galanteios, dos humores alheios. Prefiro qualidade a quantidade, ter inteiro do que o "último pedaço". Sou mais amizade que parceria, mais noite que dia, mais luar que aurora, mais fé do que fato, mais montanha que mar. Dos sentidos, sou mais audição que tato, mais visão que olfato e com certeza, paladar...Sou mais feeling que sensação, dona de uma intuição quase instintiva, dada por Deus para me desviar de todo mal. Sou palavra dita, escrita, falada, registrada. Sou consumação. O que tenho a dizer,comunico, seja na diplomacia, no grito, ou no silêncio de um olhar. Quem me entende, tem considerção, quem critica, sabe bem de onde vêm seus motivos, do fundo de seus medos de correr riscos, do receio de olhar nos olhos. Dou mais valor a família que as congratulações. Sou mais cidade que campo, mais vôo que asfalto. Não faço questão de entreter, nem de chamar atenção. Não tento ser moderna, não me esforço para impressionar, não me envergonho de amar. Não invisto em nada por vaidade, não confundo humildade com submissão. Se me engano, recomeço, troco as ferramentas. Só perco a confiança uma vez e se a ganham, sou fiel e exijo o mesmo em troca, não tolero omissão. Gosto das coisas claras, insegurança e indecisão me entediam profundamente. Sou do tipo que faz orações, que tem nos livros grandes amigos, que não se deixa levar pelo riso alheio. Sou de sonhar, mas não de comprar a ilusão dos outros. O que me importa mesmo é viver bem, comigo, com os que me são caros, é chegar no final deste caminho e poder de dizer, poderia sim, ter feito mais e melhor, mas tudo que fiz, valeu à pena......

terça-feira, 5 de outubro de 2010

NÃO ESTRAGUE O SEU DIA...

1- A sua irritação não solucionará problema algum.

2- As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas.

3- Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.

4- O seu mau humor não modifica a vida.

5- A sua dor não impedirá que o Sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus.

6- A sua tristeza não iluminará os caminhos.

7- O seu desânimo não edificará a ninguém.

8- As suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua própria felicidade.

9- As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você.

10- Não estrague o seu dia. Aprenda, com a Sabedoria Divina, a desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre para o Infinito Bem.

Chico Xavier/André Luiz.

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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Começando a despertar..

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que tudo começou a ganhar uma cara que, no fundo, eu já conhecia, mas havia esquecido como era. Comecei a despertar do sono estéril que, com suas mãos feitas de medo e neblina, fez minha alma calar. E foi então que comecei a ouvir o canto de força e ternura que a vida tem.


Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que ninguém começa a despertar antes do instante em que algo em nós consegue deixar à mostra o truque que o medo faz. Só então a gente começa, devagarinho, para não assustar o medo, a refazer o caminho que nos leva a parir estrelas por dentro e a querer presentear o mundo com o brilho do riso que elas cantam. Só então a gente começa a entender o que é esse sol que mora no coração de todas as coisas. Não importa com que roupa elas se vistam: ele está lá.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a lembrar de onde é o céu e a perceber que o inferno é onde a gente mora quando tudo é sono. Comecei a sair dos meus desertos. E a olhar, ainda que timidamente, para todas as miragens, sem tanto desprezo, entendendo que havia um motivo para que elas estivessem exatamente onde as coloquei. Nenhum livro, nenhum sábio, nada poderia me ensinar o que cada uma me trouxe e o que, com o passar do tempo, continuo aprendendo com elas. Dizem que só é possível entendermos alguns pedaços da vida olhando para eles em retrospectiva. Acho que é verdade.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a compreender o respeito e a reverência que a experiência humana merece. A me dar conta de delícias que passaram despercebidas durante um sono inteiro. E a lembrar do que estou fazendo aqui. Ainda que eu não faça. Ainda que os vícios que o sono deixou costumem me atrapalhar. Ainda que, de vez em quando, finja continuar dormindo. Mas não tenho mais tanta pressa. Comecei a aprender a ser mais gentil com o meu passo. Afinal, não há lugar algum para chegar além de mim. Eu sou a viajante e a viagem.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a querer brincar, com uma percepção mais nítida do que é o brinquedo, mas também com um olhar mais puro para o que é o prazer. A ouvir o chamado da minha alma e a querer desenhar uma vida que passe por ele. A assumir a intenção de acordar a cada manhã sabendo para o quê estou levantando e comprometida com isso, seja lá o que isso for, porque, definitivamente, cansei de perambular pelos dias sem um compromisso genuíno. E comecei a gritar por liberdade de uma forma que me surpreendeu. Antes eu também gritava, mas o medo sufocava o grito para que eu não me desse conta do quanto estava presa.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que comecei a desejar menos entender de onde vim e a desejar mais aprender a estar aqui a cada agora. Só sei que descobri que a solidão é estar longe da própria alma. Que ninguém pode nos ferir sem a nossa cumplicidade. Que, sem que a gente perceba, estamos o tempo todo criando o que vivemos. Que o nosso menor gesto toca toda a vida porque nada está separado. Que a fé é uma palavra curta que arrumamos para denominar essa amplidão que é o nosso próprio poder.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. Só sei que não importam todos os rabiscos que já fizemos nem todos os papéis amassados na lixeira, porque todo texto bom de ser lido antes foi rascunho. E, por mais belo que seja, é natural que, ao relê-lo, percebamos uma palavra para ser acrescentada, trocada, excluída. A ausência de uma vírgula. A necessidade de um ponto. Uma interrogação que surge de repente. Viver é refazer o próprio texto muitas, incontáveis, vezes.

Não sei exatamente em que momento comecei a despertar. O que sei é que não quero aquele sono outra vez.

Ana Jácomo

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