sexta-feira, 6 de maio de 2011

CARTA DE UMA MULHER, EU


Todo mundo, pelo menos em algum momento da vida, já perguntou a si mesmo se era uma pessoa bela ou feia.

Por mais diferente que possam ser seus gostos e opiniões, esse tema certamente já esteve presente na sua mente e nas suas discussões rotineiras, pois se trata que uma questão própria de todos os seres humanos.
Muitos pensam que ser belo é um privilégio de poucos, como um prêmio que a natureza proporciona a alguns seres agraciados. Dependendo do ponto de vista isso pode ser considerado uma grande verdade, por que queremos encontrar harmonia nas coisas à nossa volta, o que nos leva a considerar que a beleza escolheu apenas algumas pessoas para habitar.
Mas eu gosto de pensar mais profundamente, indo além do senso comum, pois pela sensibilidade que desenvolvi ao longo de minha vida percebi que a beleza extrapola a aparência física, nem está associada unicamente aos traços do rosto e contornos do corpo.
A beleza verdadeira não pode se prender às coisas passageiras, que são esquecidas pouco tempo depois, mas, ao contrário disso, acredito que ela está vinculada a algo mais profundo e duradouro, que fica marcado em nossas mentes perpetuamente.
Penso que a verdadeira beleza se manifesta através de todas as qualidades da pessoa que a tem, não apenas por meio de uma boa aparência ou camuflada por uma supérflua maquiagem.
A meu ver, o mais significativo de tudo é ver além da beleza superficial, pois prefiro concentrar-me na apreciação da beleza que adentrou o interior das pessoas, ajudando a formar sentimentos e moldando o caráter.
Vivendo intensamente passei a considerar a beleza como muito além da simples aparência superficial, bem além daquilo que nossos olhos podem perceber. Assim, entendo que a verdadeira beleza torna-se patente na integralidade da pessoa, por meio da conduta do indivíduo nesse mundo maravilhoso e complexo.


Para mim, a beleza transcende a matéria, ou seja, ela não está presa ao meu corpo físico, à minha carne, pele e cabelos, pois vai muito além disso.
Por isso, entendo que ninguém deve se culpar por não se encaixar nos padrões estéticos de uma época, ou daqueles impostos pela mídia. A busca exagerada por atender tais requisitos sociais, muitas vezes discriminatórios e excludentes, pode privar alguém de uma vida realizada.
Acredito que o mais importante para uma pessoa é não deixar-se privar da experiência de enxergar o belo em si próprio e nos pequenos milagres diários de nossa vivência. Quem se penaliza querendo satisfazer mais aos outros do que a si mesmo pode correr o risco de morrer como pessoa, de afundar-se na solidão e no baixo astral, por meio de uma visão reduzida e utilitarista das coisas.


Acredito que é preciso saber ver além das regras impostas pelo consumismo e dos estereótipos. É preciso liberar nossa mente dos conceitos arraigados erroneamente para, assim, possibilitar que nosso espírito sinta a realidade com profundeza da alma.
Lembro que já tive inúmeros momentos de insegurança por não me sentir bela ou atraente, mas com o tempo aprendi a enfrentar essa dificuldade sem querer atender exageradamente a expectativa de amigos e familiares ou de qualquer outra pessoa.
Hoje não me deixo dominar pela vaidade fútil. Não fico me comparando o tempo todo com outras pessoas, querendo mudar minha aparência para tornar-me parecida com outro alguém. Agora, eu procuro viver diferente, pensando que a beleza está em mim, sempre !!!
Se não sou uma “Top Model”, isso não me abala, nem torna minha vida pra baixo. Sei que os padrões do que é belo mudam constantemente e são diferentes de um lugar para o outro.
Tenho plena convicção de que o padrão ideal de beleza é aquele que, independente da moda ou opinião alheia, nos faz sentir bem, de alto astral, aceitando aquilo que somos.
A verdadeira beleza não se limita ao viço da pele e a jovialidade de nossa face, pois ela deve brotar de nosso interior para fora, iluminando o mundo ao nosso derredor, trazendo alegria e contagiando positivamente.
Procuro viver de forma sensata e para isso fui aprendendo a estar segura aceitando aquilo que sou, sabendo que preciso em primeiro lugar valorizar-me intensamente, amando aquilo que sou não importando como eu pareça exteriormente.
Procuro viver de forma a deixar que a beleza se manifeste em meus atos e palavras, trazendo conforto e alento para meus semelhantes.
Vivo desejosa de fazer o bem, e assim encho-me de segurança e boa auto-estima. Sou uma mulher livre de cobranças excessivas, pois aceito aquilo que sou e me amo completamente, em todos os aspectos, nas qualidades, nas fraquezas e nas falhas.
Todos os dias eu concentro-me para deixar que a verdadeira beleza interior irradie de minha vida, crescendo em todas as direções para melhorar o mundo à minha volta.


Sou uma pessoa feliz, e procuro estar diariamente de bem com a vida, o que me leva a ter certeza sempre que a beleza estará comigo até meus últimos dias !!!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Passos

O passo perdido. O mau passo. O passo certo. Os passos que passam perdidos por nós. Tropeços, quedas. Tantos andares. Tantos jeitos diferentes e sempre um mesmo passo. Um e somente depois, o outro. Isso deve ter algum significado: não tem como acertar o passo sem que seja um de cada vez. De onde surgem os descompassos. Vontade de voar faz com que troquemos os pés pelas mãos. Às vezes, as mãos pelos pés. Tanta gente andando de um lado para o outro, e cada andar falando com uma linguagem diferente. Um torre de Babel dos passos onde se esbarram passos lentos com passos apressados, passos tímidos com muito seguros passos, garbosos, desajeitados, uns quase passam sem ser notados. O que seus passos dizem sobre você? Os meus são puro acaso. Não são planejados, são resultado de uma matemática tosca onde a soma das cotidianices definem o ritmo. Não sou dona dos meus passos. Sou daquelas que fica na janela olhando, com os pés martelando no chão o ritmo que gostariam de dançar. Ah! aqueles seres que parecem que dançam. Gosto de olhar a segurança de passos que sabem exatamente para onde vão. São pura perfeição da anatomia. Passos certos têm cadência. Outros, decadência. Meus passos são de barata tonta condicionada em cativeiro, e poderiam entrar na categora comicidade, talvez, pela falta de graça, que graciosamente tento fazer parecer que eles têm. Os meus passos. Muitos foram deixados para trás, sem sequer saberem que poderiam ter sido dados. Outros, ladram como cão sem dono. E há os que caminham nas nuvens, pelos corredores dos sonhos, e nos dias de sorte, quando tenho sonhos bons, meus passos viram nado. Nadam num imenso mar azul turquesa, sentem leveza, são pura delicadeza, livres de amarras, calos e apertos, eles me dão a certeza que meus melhores passos eu dou no território oceânico das liberdades, lugar que só alcanço em certas noites de lua cheia rumo aqueles lábios de verão.






domingo, 1 de maio de 2011


“Chega um momento em que a gente se dá conta de que, às vezes, para sermos verdadeiros com nós mesmos, precisamos ter o desprendimento para abençoar as tentativas sem êxito, agradecer pelo o que cada uma nos ensinou, e seguir. De que, às vezes, para se reconstruir, é preciso demolir construções que, por mais atraentes que sejam, não são coerentes com a ideia da nossa vida. A gente se dá conta do quanto somos protegidos quando estamos em harmonia com o nosso coração. De que o nosso coração é essencialmente amoroso,o bordador capaz de tecer as belezas que se manifestam no território das formas. De que, sabedores ou não, é ele que tem as chaves para as portas que dão acesso aos jardins de Deus.”

(Ana Jácomo)
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ÁS VEZES ME SINTO SOZINHA
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ESPERANÇA É A ULTIMA QUE MORRE...RSRSRS

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