segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Recado aos homens

Texto que foi mandado para mim por email, de uma amiga, gostei muito, por isso estou postando....

"Um dia vivi a ilusão de que ser homem bastaria
Que o mundo masculino tudo me daria
Do que eu quisesse ter
Que nada, minha porção mulher que até então se resguardara
É a porção melhor que trago em mim agora
É o que me faz viver"
(Gilberto Gil - "Super-homem, a canção")

Em pleno século XXI e em tempos de homofobia, falar sobre o lado feminino do homem ainda é um tabu. Para os machistas e homofóbicos de plantão, é quase uma confissão de homossexualidade (ou de submissão às mulheres). Nada mais distante da realidade.

Já em 1905, nos "Três ensaios sobre a teoria da sexualidade", Freud apontava para uma bissexualidade constitucional psíquica nos seres humanos. O que isso significa? Que todo mundo vai sair por aí transando com pessoas de ambos os sexos? Não, em absoluto. Significa que, falando numa linguagem simples e acessível, todos os seres humanos possuem traços/características do sexo oposto em sua constituição psíquica, em sua personalidade.
Jung, à sua maneira, também falou sobre isso quando postulou os conceitos de anima e animus. Luiz Paulo Grinberg, no livro "Jung, o homem criativo" afirma que, assim como alguns hormônios e características físicas femininas estão presentes no homem (e vice-versa), o mesmo ocorre com as características psicológicas: anima é o nome que Jung deu para personificar os elementos femininos inconscientes presentes no psiquismo do homem, enquanto animus personifica os aspectos masculinos inconscientes da mulher. Interessante notar que "anima" significa "alma", em latim...


Portanto, meus caros machistas e homofóbicos, vossa postura, longe de torná-los mais homens ou mais machos, só os torna seres incompletos e amputados. Somente aceitando e integrando seu lado feminino, vocês poderão, de fato, tornar-se homens completos (ou super-homens, segundo a canção de Gil) e serem capazes de conviver com a alteridade, com o diferente.

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O que se pode prometer...



Pode-se prometer atos, mas não sentimentos; pois estes são involuntários. Quem promete a alguém amá-lo sempre, ou sempre odiá-lo ou ser-lhe sempre fiel, promete algo que não está em seu poder; mas ele pode prometer aqueles atos que normalmente são consequência do amor, do ódio, da fidelidade, mas também podem nascer de outros motivos: pois caminhos e motivos diversos conduzem a um ato. A promessa de sempre amar alguém significa, portanto: enquanto eu te amar, demonstrarei com atos o meu amor; se eu não mais te amar, continuarei praticando esses mesmos atos, ainda que por outros motivos, de modo que na cabeça de nossos semelhantes permanece a ilusão de que o amor é imutável e sempre o mesmo.
 (Friedrich Nietzsche)
 
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De que vale sua inteligência...
 

Já vi homens inteligentes que não sabem acolher um amigo em um momento de dor.
Ai me pergunto, de que serve sua inteligência se não sabem ao menos abraçar?
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